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POR QUE O BRASIL NÃO CRESCE?

KEYNESIANISMO

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A  escola Keynesiana  ou  Keynesianismo  é a teoria econômica consolidada pelo economista inglês  John Maynard Keynes  em seu livro  Teoria geral do emprego, do juro e da moeda  ( General theory of employment, interest and money ) e que consiste numa  organização   político - econômica , oposta às concepções liberais, fundamentada na afirmação do Estado como agente indispensável de controle da economia, com objetivo de conduzir a um sistema de  pleno emprego . Tais teorias tiveram uma enorme influência na renovação das teorias clássicas e na reformulação da política de livre mercado. A escola keynesiana se fundamenta no princípio de que o ciclo econômico não é auto-regulado como defendem os neoclássicos, uma vez que é determinado por um suposto "espírito animal" ( animal spirit  no original em inglês) dos empresários. É por esse motivo que Keynes defende a intervenção do Estado na economia. As  políticas econômicas  intervencionistas foram inauguradas por  Roose

PORQUÊ SOU KEYNESIANO

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  Em outubro de 1929, John Maynard Keynes acompanhou o preço das ações despencar na bolsa de Nova York, e parte dos seus investimentos evaporar. Aos 46 anos, já era um macroeconomista renomado, ávido investidor da bolsa, além de consultor de negócios. Mas, como a maioria dos seus colegas, não previu a crise que abalou o mundo e que acabou consumindo 80% da sua fortuna. Com o ego ferido, de acordo com o seu biógrafo John F. Wasik, ele ficou obcecado em encontrar uma forma de reaquecer a economia, diminuir o desemprego e incentivar investimentos na bolsa de valores.  Nos anos seguintes, durante a Grande Depressão, Keynes trabalhou como conselheiro econômico do governo britânico e, aos poucos, foi elaborando a sua teoria. Chegou à conclusão de que a única maneira da economia – paradigma teórico desenvolvido, entre outros, por Adam Smith. Em 1776, o escocês Smith havia publicado A Riqueza das Nações, livro que inaugurou a economia moderna e consolidou as ideias  liberais de algumas nações

NEOKEYNESIANISMO

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  O  neokeynesianismo  ou  nova escola keynesiana  são termos introduzidos por  Paul Samuelson  ( Prêmio Nobel de economia ) para se referir ao projeto de integrar as visões das  escolas neoclássicas  com  keynesianas .  [ 1 ] O neokeynesianismo foi uma das correntes de pensamentos sócio-econômicos aplicados em gestões econômicas em âmbito mundial na segunda metade do século XX devido à  recessão econômica  mundial oriunda da  grande depressão . A abordagem  keynesiana  no neokeynesianismo surge a partir da síntese das primeiras ideias de  John Maynard Keynes  e das visões oriundas das escolas neoclássicas sobre o  livre mercado .  [ 2 ] De forma genérica, a escola neokeynesiana defende a  economia de mercado  onde exista uma  regulação minima na economia  por parte de órgãos e agentes reguladores controlados pelo  estado  para corrigir as  falhas de mercado  que possivelmente estejam presentes, a fim de maximizar os benefícios para a  sociedade , além de alinhar uma politica de  estad

HISTÓRIA ECONÔMICA DO SÉCULO XXI: CAPÍTULO - X

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  Além dos lucros: como a ideologia dos CEOs molda as estratégias empresariais Estudo revelam que executivos moldam as estratégias de maneira a refletir suas convicções políticas e pessoais Quando pensamos em CEOs de grandes empresas, muitas vezes imaginamos figuras frias e calculistas, movidas exclusivamente pelo lucro. Desde  Adam Smith , sabemos que os ganhos econômicos são um impulso fundamental no  mercado de trabalho . Porém, economistas têm apontado que outros fatores também influenciam as decisões. Consideração pela posição social, valores morais, ideologias políticas e vieses cognitivos são alguns desses elementos. Essas influências adicionam complexidade às decisões estratégicas, mostrando que as metas financeiras são apenas uma parte do que define a atuação de um líder empresarial. Entender essa dinâmica ajuda a compreender como os líderes empresariais equilibram a pressão por lucros com o compromisso com funcionários, comunidades e o meio ambiente. Para entender e

HISTÓRIA DO BRASIL: ANO MMXXIV DO QUADRIÊNIO DA ESPERANÇA - XVII

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  Estudo afirma que 13 milhões de brasileiros deixaram de passar fome em 2023 Em pesquisa encomendada pelo governo, Instituto Fome Zero analisou indicadores de inflação e de emprego e verificou menor exposição dos mais pobres à insegurança alimentar grave. Uma pesquisa do Instituto Fome Zero, encomendada pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), mostra que o número de brasileiros que passam fome caiu de 33 milhões em 2022 para 20 milhões em 2023. A projeção, divulgada nesta segunda-feira (11/03/24), foi feita a partir do cruzamento de dados da Pesquisa de Orçamento Familiar e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), ambas do  IBGE . O estudo considera duas situações de insegurança alimentar: Insegurança Alimentar Moderada:  Nessa condição, o indivíduo não faz as três refeições diárias ou não se alimenta o suficiente para ter uma vida saudável. Insegurança Alimentar Grave:  Nessa condição, o indivíduo fica um dia ou mais sem comer,

HISTÓRIA DO BRASIL - ANO MMXXIV DO QUADRIÊNIO DA ESPERANÇA, VOZES DO BOM SENSO: PAULO NOGUEIRA BATISTA JR.

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  A  decisão de afrouxar as metas fiscais para 2025 e anos seguintes  desencadeou turbulências no mercado. Economistas denunciaram o  fim da "responsabilidade fiscal" . Indicadores financeiros pioraram. Faz sentido? Tomando de empréstimo o título de uma comédia de  Shakespeare , diria que é muito barulho por nada —ou quase nada. Os alertas principais dos  críticos  não são convincentes. Por falta de espaço, vou tratar apenas de alguns aspectos do problema, em especial de duas perguntas: 1 - Haverá, como se alega, aumento dos  juros  de longo prazo, com impacto recessivo?; e 2 - As novas metas trazem risco de crescimento insustentável da dívida? A primeira pergunta aponta para um efeito persistente das novas metas de déficit primário sobre as taxas de juro, com efeito recessivo. Supõe-se que a  menor ambição da política fiscal  gera desconfiança dos credores privados e aumenta os juros pagos pelo governo para prazos mais longos. Isso contamina o custo do crédito para inv

HISTÓRIA DO BRASIL - ANO MMXXIV DO QUADRIÊNIO DA ESPERANÇA: REFORMA TRIBUTÁRIA - lV

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  Reforma tributária deve trazer alívio para os mais pobres É muito provável que os brasileiros de baixa renda percebam a diferença (para menos) nos gastos com produtos e serviços essenciais O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao entregar no Congresso Nacional o calhamaço de 300 páginas e 500 artigos que compõem a regulamentação da  reforma tributária , chamou a atenção para o potencial de crescimento econômico dela decorrente. A simplificação e a digitalização que virão com o novo sistema podem fazer o Produto Interno Bruto (PIB) crescer de 10% a 20% ao longo do tempo. Faltou mencionar os dividendos políticos que o governo pode colher com medidas que, tudo indica, promoverão mais justiça tributária e, consequentemente, aliviarão o bolso dos mais pobres. Faz décadas que a tributação brasileira sobre consumo é criticada pela regressividade. Significa que, quanto menos se ganha, mais se paga. Injustiça define. A emenda constitucional promulgada em 2023 não é livre de assimetrias. Afi

O CAPITALISMO BRASILEIRO É UM AMOR, É OU NÃO É? - CAPÍTULO - LIX

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  “Terrorismo” do mercado é chantagem para impedir a queda dos juros, denuncia Marconi “Até porque essa mudança de meio de superávit para zero em 2025 não é nenhuma mudança avassaladora”, afirmou o economista da FGV. “Se o governo tivesse deixado o investimento fora da regra do arcabouço fiscal, nada disso estaria acontecendo” O professor Nelson Marconi, economista da Fundação Getúlio Vargas, avaliou, na sexta-feira (19/04/24), em entrevista ao HP, que a pressão que o mercado financeiro está fazendo neste momento visa manter as taxas de juros elevadas. Nos últimos dias quase todos os economistas ligados ao sistema financeiro fizeram parte de uma orquestração uníssona exigindo cortes de investimentos e gastos sociais. Eles fizeram previsões catastróficas se os cortes de investimentos públicos não forem feitos. Ameaçaram com “explosão” da dívida se o governo não se render aos seus interesses. Marconi desvendou o que há por trás dessa orquestração do mercado financeiro: “É uma que